quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Uma questão de alteridade

Imagine uma sociedade onde todos os humanos, homens e mulheres, fazem as suas necessidades na rua, nos postes ou nas rodas dos carros. Consegue?
Pois, então, saiba que todos estão nus e que quase não tomam banho, mas nem por isso cheiram tão mal (exceto quando brincam de se deitar sobre algum corpo morto); que as mulheres, quando querem reproduzir ou sentem necessidade de copular, saem (nuas) às ruas e são abusadas por qualquer homem (isso não é muito difícil de imaginar, já que, em nosso mundo, os homens assediam frequentemente as mulheres contra a vontade delas). Aliás, os machos não diferenciam as suas mães de outras fêmeas. E fazem tudo ali, na rua, na frente dos invejosos.
Pense na cena: os carros e as motos passam pelos cidadãos e estes correm atrás dos veículos, gritando e xingando, mesmo que não possam fazer nada contra as máquinas.
Agora, o mais engraçado e espantoso: imagine que você está passeando por um lugar qualquer e, de repente, vários homens e mulheres saem das suas casas e vão até os portões, simplesmente para lançarem ofensas e ameaças contra a sua pessoa. Ou, então, pior ainda: você está andando e repentinamente sente uma presença nas suas costas... É outro humano cheirando os seus órgãos genitais (por trás)... Ou você sente vontade de fazer isso nos outros...
Pois é... É nisto o que eu penso, às vezes, quando caminho com o Rambinho, Diógenes. 


(Rambinho)
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